Você trabalha ou convive com diferentes culturas?

Querida amiga-mãe-expatriada,

você trabalha há anos para uma empresa brasileira, mas ela é comprada por uma empresa chinesa. Você participa de um projeto onde tem colegas de outros países. O chefe do seu chefe é americano. A matriz da sua empresa é na Finlândia. O “pica das galáxias” (desculpa pelo nome, mas ele é o cara!) da sua empresa é russo. Esses são alguns pequenos exemplos de interação entre diferentes culturas, mesmo você sentando atrás de um computador no Brasil.

Há cinco anos morando fora do Brasil, já vivenciei e escutei relatos de muitas situações onde no final tudo se resumia a DIFERENÇA CULTURAL.

Sabe aquela tela azul do Windows – PAHHHH na sua cara? Então, diferença cultural é tipo isso. Muitas vezes acerta lá no coração, com um soco na barriga ou aquela vontade de chorar (no meu caso, manteiga derretida!).

Eu já trabalhei para empresas americanas, brasileiras, finlandesa e há três anos trabalho para uma empresa francesa. Já trabalhei com 122mil pessoas de diferentes países (me achany!) e ainda preciso aprender MUITO. Discutindo sobre a diferença entre as culturas no grupo de zap dazamigas da Holanda, uma delas (Cissa, obrigada!) me indicou um livro que eu mega-ultra-power-indico! Chama-se:

The Culture Map, de Erin Meyer.

Migs, eu não vou fazer resenha do livro porque tenho uma pilha de roupas para lavar e aspirador para passar. Fora que vale a pena você comprar! Quero citar algumas partes muito interessantes.

Para começar, não quero dizer que a minha cultura não é boa, os americanos são os melhores do mundo e os chineses vão dominar o mundo. Não é bem por aí. O importante é você entender os pontos positivos e negativos (para você) de cada cultura e saber navegar entre eles da melhor forma possível. Me avisa quando conseguir, porque eu também preciso de ajuda. Eita, que baita desafio! 🤝

A autora criou um modelo de oito escalas, onde cada país se encaixa. São eles:

✔️ Comunicação: alto contexto x baixo contexto

✔️ Avaliação: feedback direto negativo x e feedback indireto negativo

✔️ Persuasão: princípios x aplicações 

✔️ Liderança: igualitária x hierárquica

✔️ Decisão: consensual ou top down

✔️ Confiança: baseada em resultado x baseada em relacionamento

✔️ Não concorda: confronta x não confronta

✔️ Tempo: linear x  flexível.

Comunicação de alto contexto x baixo contexto

Tem culturas que são de alto contexto como os americanos. Tudo é super-hiper-mega-ultra-bem explicado, se você não entendeu, então eu não soube te explicar (o erro é meu!). Acho que eles nasceram para fazer “manual” de produto. Nas reuniões de trabalho, sempre começam com aquele blablabla: Estou super feliz e lisonjeado em fazer parte desse excelente time e sei lá mais o que … querido, come on! Você estaria feliz mesmo é numa praia no Caribe.

Outro exemplo é em UK, no final de cada reunião eles fazem o “recap”. Falam tudo o que aconteceu na reunião: “Acordamos que vamos promover o Ciclano dia 12 de 2056, para fazer 87 planilhas de XPTO”. No Brasil, conhecido como uma cultura de baixo-contexto, após o término dessa mesma reunião, a pessoa manda um email com a ATA ou o “recap” por escrito. Isso pode ser uma ofensa em outras culturas, soa como falta de confiança escrever o que já foi falado.

Mais um exemplo é um americano mandar um email (bem claro) para um fornecedor solicitando algo. O britânico vai responder dentro de 24 horas que não tem a resposta, mas na quarta-feira vai dar a solução. Os espanhóis e italianos não vão responder o email, mas depois de duas semanas respondem: resolvi tudo, fiz tudo e tudo está pronto.

As culturas asiáticas como chinês, koreano, japonês, só vão falar em uma reunião se foram solicitados.

Em todos os países conceituados como baixo-contexto a comunicação fica nas “entrelinhas” e tem que entender o que está “pelo ar” … o que torna muito difícil a comunicação entre essas culturas.

Feedback direto negativo x e Feedback indireto negativo

Migs, a autora traça uma linha e coloca os países de acordo com cada tipo de feedback ou melhor FODEback. Adivinha qual é o país da cultura de mais FODEback? Holanda! Welcome to my life. Isso mesmo. Eu vivo isso praticamente todos os dias no meu trabalho e em todos os lugares da Holanda. Eu e todos expatriados que moram aqui.

Segundo a autora, o holandês da feedback na frente de qualquer pessoa ou grupo, e principalmente para qualquer pessoa. Isso mesmo! Ou seja, se ele quiser falar que o chefe não é bom, ele fala na cara do chefe mesmo e na frente de todos. Eu falei que não concordava com algo numa reunião, o holandês levantou e saiu andando. Já vi funcionário jogando a caneta no colo do chefe e mandando ele fazer, e segue o baile da vida … minha gente, aqui é assim! E estou penando para entender.

O americano fala quatro 3/4 coisas positivas e depois senta que lá vem bomba! O francês (eu trabalho com eles!) fala a bomba e depois as coisas positivas. Particularmente, prefiro dessa forma.

Persuasão: princípios x aplicações

Um exemplo citado pela autora é nos EUA. Normalmente nas salas de aulas, eles passam um case (caso de sucesso) e depois falam sobre o assunto, agregam conceitos e fazem uma conclusão. Em uma cultura como a da Alemanha, isso não é aceito. As pessoas foram treinadas para começar uma apresentação (ppt) construindo um argumento teórico (com muitos conceitos).

Liderança: igualitária x hierárquica

Os países latinos são super hierárquicos. Os italianos e espanhóis também. Os asiáticos (coreanos, japoneses, chineses, indianos, tailandeses e etc) são 100% hierárquicos, seja no trabalho, em casa, na rua e etc. Em alguns desses países isso tem mudado, mas muito pouco ainda. Por exemplo, no ambiente de trabalho os colaboradores usam mesas sem baias, e algumas empresas pode escolher a mesa no dia. Já em outras empresas, o Diretor tem sala e com janela. Uau!

Para um Diretor de um país escandinavo é um saco ter que aprovar tudo e ser consultado para tudo.

A PCD da minha empresa, People Culture Director, conversou muito comigo e disse que no Brasil é uma cultura de pai e filho, ou seja, desde pequenos somos orientados, pedimos permissões e crescemos assim no ambiente de trabalho também. Já na Holanda, um país de adultos, isso não acontece porque tudo é de igual para igual.

Decisão: consensual ou top down

Eu nem preciso reforçar o que todo mundo já sabe … sim, no Brasil a decisão é top down – quem manda nessa poha sou eu! Inclusive você não pode de forma alguma mandar email para uma pessoa que tenha um cargo superior, se o seu gestor não estiver ciente. Na Holanda pode, minha gente! No livro, um mexicano cita que o time todo dele holandês mandava email direto para o CEO e ele queria se jogar no canal pois não sabia de nada.

Em uma cultura consensual, onde as decisões são feitas em grupo, leva-se mais tempo para tomar uma decisão. No entanto, por ser consensual, o processo de implantação da decisão é mais rápido. Por outro lado, estas decisões são mais rígidas e muito mais difíceis de mudar.

Confiança: baseada em resultado x baseada em relacionamento

Quando comecei a trabalhar em UK, há três anos, não entendia como um mega-ultra-power cliente nosso não era chamado para nem um almocinho básico. Isso mesmo! Zero relacionamento. Aqui, na Europa, é resultado. Exceto na Espanha e Itália.

Não concorda: confronta x não confronta

As pessoas dos países asiáticos são condicionadas desde o nascimento a não confrontarem jamais, seja dentro e fora do trabalho.

A autora conta que nas palestras para italianos, argentinos e espanhóis é bombardeada por perguntas e colocações a todos instante. Para começar, não sabe nem ao certo qual será a quantidade de pessoas no evento e muito menos o público alvo.

Tempo : linear x flexível

Nas culturas de tempo linear, os passos de um projeto devem ser abordados de forma sequencial, completando uma tarefa, antes de começar a seguinte. Sem interrupções. O foco é o prazo final e o respeito a programação.

Nas culturas de tempo flexível, os passos de um projeto são abordados conforme as oportunidades. Muitas coisas são executadas simultaneamente. Resumindo: um verdadeiro samba!

Migs, vamos lá … julgar uma cultura não vai te ajudar em nada. Uma amiga brasileira na Holanda, Analu, me disse que é melhor apertar o RESET e seguir o baile da vida. Isso mesmo é o que estou tentando fazer … mas está fodástico!

Disneyland Paris

Querida amiga-mãe-expatriada,

a primeira vez que fui para a Disney, em Orlando, eu tinha 11 anos e minha mãe me mandou em uma excursão somente para crianças (sim, sem os pais!) por 15 dias. Em 1992 isso era um super mega-ultra-power-avanço. Foi incrível, um sonho realizado, em todos os sentidos! Obrigada, Maiê.

Quando morávamos em Londres, meu marido levou a Valentina para comemorar o aniversário de 4 anos. Eu fiquei em Londres com a Vic, na época ela tinha 1 ano, e para mim não fazia (e não faz!) o menor sentido levar um bebê. Eles pegaram um trem de 2h30 e passaram o final de semana. Ela amou! ❤️

Sabe aquela paixão pela Disney? Então, eu não tenho. Também não entendo como os brasileiros levam os filhos todos os anos. É uma viagem caríssima! Por favor, me avisa de onde está sobrando tanto dinheiro porque eu quero também. A pessoa parcela em 122mil vezes e vai. Sempre questiono: é um sonho ou só para dizer que o filho já foi 8 vezes para a Disney? 🤦🏽‍♀️🤷🏽‍♀️

Enfim, como já tínhamos levado uma filha, em algum momento da vida teria que levar a mais nova. Sou filha única, mas sempre faço e dou tudo igual para as duas. Principalmente porque a Vic, nossa filha mais nova, é a encarnação da Maria Bonita e sempre quer justiça.

Lá fomos nós passar o final de semana na Disneyland Paris!

Como ir

Fomos de carro. De Amsterdam para a Disneyland Paris são 5horas. Ano que vem, em abril, vão inaugurar um trem direto – 3h30. Meu marido foi de Londres em um trem direto – 2h30.

Na ida, paramos na França para dar uma descansada por alguns minutos. Na volta, saímos depois da parada. Elas dormiram no carro, e chegando em Amsterdam foram direto para a cama (pois é, sem banho!).

Hospedagem

Nós não ficamos dentro do complexo da Disney, porque eu quero ficar rhycah!!! Pagando o que eles cobram, jamais vou ficar. Ficamos hospedados no Mercure e gostei muito! Já estou com saudades dos queijos franceses no café da manhã. Ai ai ai …

Hotel Mercure Marne-la-Vallee Bussy St Georgesclique aqui para mais informações.

Meu marido já ficou com a Valentina no Vienna. Todos os dias íam para a piscina de bolinhas, nadavam e muitas outras atividades para crianças. O quarto para a família parece um circo. Desta vez, estava bem mais caro.

Vienna House Magic Circusclique aqui para mais informações.

Esses hotéis ficam duas paradas de trem da Disney. O trem fica a poucos passos da entrada, muito mais fácil e mais barato do que ir de carro. O estacionamento custa €25 por dia.

Rombo financeiro

Custou €78 por pessoa a entrada para o parque. Pagamos €312 SÓ para entrar, por dia, e sorrir! Fomos somente dois dias, porque custa muito caro e temos outras prioridades de vida.

Chegando lá … alugamos dois carrinhos e compramos dois livros de autógrafo com duas canetas. Adivinha? €100!!!

Minha mãe mandou €100 para elas comprarem algum presente. Compraram várias princesas, e uma Moana que canta. Eu já não aguento mais trabalhar ouvindo essa música, mas o que eu queria mesmo era ter os cabelos da Moana!

Pensamos em almoçar com as princesas, mas custava €80 por pessoa. Ou seja, €360 a nossa família. Claro que não fomos!

Migs, se prepara para vender algum órgão do corpo para pagar a conta toda.

Melhor época para visitar

O parque não estava lotado pois era final de férias escolares, na Europa. Algumas escolas (internacionais) já tinham voltado às aulas. A temperatura variava entre 17 a 22 graus. Para mim, foi perfeito.

Disneyland Paris

Migs, que empenho! Ficamos das 10h às 22h no sábado. Os fogos começavam às 23h mas as meninas estavam acabadas. No domingo, ficamos das 10h às 18h30.

Fomos somente em um parque, porque queríamos curtir mais todos os brinquedos: Toy Story, Dumbo, Small World, Pinochio, Alice, Carrossel, Show dos personagens, Show das princesas, Peter Pan, Branca de Neve e outros. Tiramos fotos com a Bela, Peter Pan, Wendy, Capitão Gancho, Mickey e Minnie.

Eu sou a mãe louca que grita na parada: Elsa, cadê você? Olha para as minhas filhas, pelo amor!!!

Elas não param para nada, mas para ficar 1hora na fila para ver a Bela ficam super bem comportadas. Pegamos filas de 40minutos para os brinquedos.

Disneyland Paris X Disneyland Orlando

Recebi várias perguntas sobre a diferença entre as duas. Óbvio que a Disney de Orlando é gigantesca, a maior de todas, e com vários parques. Porém, a Disney de Paris é maravilhosa também!

Temos duas crianças, de 3 e 6 anos, moro relativamente “perto” (só atravessar a Bélgica), tem tudo o que elas queriam e mais um pouco no parque … para que ir até Orlando, gastar trilhões e pegar filas gigantescas? Não, obrigada. De nada.

Agora, se você (como adulto) quer curtir 15 dias de parques, fazer compras de novo rhycoh em Miami … é diferente. Tudo uma questão de prioridades!

Azamigas pelo mundo ❤️

Ahhh que sorte a minha ter amigas pelo mundo. No mesmo final de semana, consegui encontrar a Fernanda de Madrid, Sarinha e Luiz da Bélgica, Dayana de Paris e a Débora, minha BFF do Brasil. Minha prima, Tamyris, de Recife, também foi conosco.

Se eu pudesse dar um conselho nessa vida: cultive suas amizades, mesmo morando do outro lado do mundo.

Thiago, eu, Hermana, Dayana, Zenaide, Vic, Betina e Valentina em um dia super especial.

Eu, Hermana e as crianças loucas atras das pelúcias.

Eu, Fe (minha amiga de Madrid) e nossas famílias.

Sarinha e Luiz, nosso amigos queridos da Bélgica.

Tata, minha prima amada de Recife.

 

Edimburgo, na Escócia, com crianças

Querida amiga-mãe-expatriada,

desde que morávamos em Londres que Edimburgo, na Escócia, estava na minha ✔️bucket list. Porém duas amigas foram com crianças e não gostaram, comentaram que não da para andar nas ruas com carrinho e não pode crianças em pubs/ restaurantes depois das 18h. Adiei a viagem por um tempo, mas vendo as fotos de ruelas lindas, fui lá plena e pah … comprei as passagens para o break de fevereiro (férias escolares)!

Nevou tanto que todos os voos foram cancelados por dois dias. Remarquei a passagem para agosto. Que sorte pois é a melhor época do ano para visitar a cidade! 🍀

Migs, se eu não viajar com as minhas filhas, eu vou viajar com quem? Não tenho família perto, babá ou mensalista.

Perrengue? Sempre.

Lugares maravilhosos? Sempre.

Então, bora lá!

Como ir

Fomos de Easy Jet. Aeeee passagem baratex!!! Na ida, o voo atrasou três horas – tenho uma relação de amor e ódio com essa companhia aérea mas sigo comprando. Meu marido reclama, mas não resisto ao preço 🤑.

Sempre levo algumas bonequinhas, carrinhos (Vic ama!) e dois pacotinhos surpresa para o voo.

Pegamos um voo direto de Amsterdam para Edimburgo, 1h20 de duração.

Quando ir

A Escócia tem 122mil coisas para ver e fazer. Highlands, cliffs, castelos e etc. Se você tem mais tempo, não deixe de pesquisar e conhecer outros lugares.

Eu não tenho a menor dúvida que a melhor época é agosto, o mês todo. É verão (de 15 a 20graus!) e tem o maior festival de arte do mundo: Fringe. Por outro lado, o valor triplica de hospedagem nessa época do ano.

Nós ficamos somente o final de semana, pois já reservei, com muita antecedência, todos os dias das nossas férias pela Lei da Holanda.

Onde ficar

Recomendo o Hotel Apex. Tem em duas localidades. Reservei para fevereiro, mas em agosto estava impagável.

Lá fomos nós de Airbnb. Amamos o apartamento! Tamanho excelente com dois quartos e dois banheiros. Nem precisava de tudo isso, mas que delícia ser rhycah por dois dias! Tinha até banquinho para as meninas alcançarem a pia.  O dono do apartamento era muito prestativo e profissional. Ficava 15 minutos do centro.

Gostei MUITO mesmo!

Contato: David Wind Apartment +44 7736 323789

Alimentação

Nós compramos o café da manhã dos dois dias no Tesco. Eita saudade! Tem um pãozinho pré-congelado, tipo francês, muito bom para matar as saudades do Reino Unido. No sábado também compramos o jantar semi-pronto das meninas. Adoro essa praticidade!

Em agosto, os restaurantes são muito lotados. Faça reserva com muita antecedência. Almoçamos no Pizza Express (não tinha outra opção perto do Castelo).

A noite minha mãe ficou com as meninas (obrigada maiê!) e ganhamos vale night. Fomos ao restaurante francês La Garrete, meu marido pediu coelho (sorry vegetarianas de plantão!) e eu comi uma carne, que desmanchava na boca, com polenta. Delícia! Não comi inteira porque amoooo sobremesa, e queria reservar um espaço na pança. Eu só estava esperando … dito e feito. O garçom veio tomar satisfação porque não comi. Trabalho para uma empresa francesa e sei bem como eles são nesse quesito comida.

City Tour

Não tem asfalto no centro da cidade. As ruas são de pedras com muitas subidas e descidas. Levamos o carrinho porque eu sabia que ía chover e era o jeito mais fácil de carregar as duas o dia inteiro, sem reclamações. Enfiei as duas sei lá como – última viagem de carrinho, elas não cabem mais.

Optamos por fazer o Hop on Hop off prla praticidade e aproveitei para matar as saudades do Reino Unido. Valeu muito a pena! Custa £15 por pessoa (adulto) e o passeio leva 3 horas com áudio em português. Pode descer e  subir onde quiser e quantas vezes quiser por 24 horas.

✔️Fringe Festival

Milhares de pessoas do mundo todo nas ruas passeando, cantando, fazendo apresentações, dançando, exposições, pecas de teatro e museus de graça. As meninas também amaram! Tinham muitas atividades para crianças. Nunca tinha visto algo assim. Foi incrível!

✔️Museu do Brinquedo (gratuito). São três andares de brinquedos interativos e super antigos. Passamos um bom tempo por lá. Meu marido até dormiu sentado na cadeira (aeee Thiago!).

✔️Scotch Experience – os homens adoram! Whisky que não acaba mais, do chão ao teto.

✔️Castelo de Edimburgo – nós subimos até o castelo. Uma vista linda. Não visitamos porque tinha fila de 1h30 mais 3h de visita e fazer isso com duas filhas? Não, obrigada. De nada.

✔️Castelo Hollyrood – é o castelo dazamiga milhooonária querida Rainha Elizabeth, quando vem a Escócia. Não pode tirar foto dentro. As salas são gigantescas. Muitas obras de arte. Tem uma cama enorme e linda que era da Queen Mary. Um jardim lindo!

Super tranquilo de visitar com criança. Tem uma área verde bem grande. Uma sala cheia de brinquedos e papéis com lápis para colorir.

✔️Old Town – é o centro antigo. Andamos sem rumo e sem endereço pelas ruelas lindas da cidade. Casinhas coloridas. Lugares que pareciam um filme. Lindo!

✔️New Town – praticamente não andamos, mas tem todas as lojas famosas. Estou numa fase zero compras para poder viajar mais 😉

Se você quiser se acabar nas compras, vá a TK Max.

✔️City Tour dançando – eu nunca tinha visto isso na minha vida. Cada pessoa vai com seu fone de ouvido e tem um guia que explica sobre a cidade e ensina coreografias. A coisa mais divertida do universo!

Migs, super hiper mega ultra recomendo essa cidade, que parece um filme de época! 💙

Bate e volta: Legoland e Sea Life, na Alemanha

Querida amiga-mãe-expatriada,

as minhas filhas tinham a mesma data de due date, mas nasceram com uma semana de diferença. Valentina nasceu dia 04 de agosto e a Victoria de 10 de agosto.

Para comemorar, e de presente para as duas, fomos para a Alemanha – um pulinho logo alí, daqui da Holanda.

Feliz Aniversário, Valentina! 6 aninhos

Feliz Aniversário Victoria! 3 aninhos

Como ir

Fomos de carro. São 2 horas de carro saindo de Amsterdam. Meu marido foi e eu voltei dirigindo. O que são duas horinhas perto do incansável trânsito para o litoral no Brasil? Nadica.

Obernhausen

Essa é a cidade no norte da Alemanha.

Tem uma arena/ shopping gigantesco. Parece mais um outlet, com lojas famosas e preços baixos. Não comprei nada, mas para quem gosta de compritchas, vale a pena!

Tem estacionamento coberto dentro dessa arena/ shopping.

Clique aqui para o mapa.

Legoland

Pela manhã, fomos ao Legoland.

As meninas amaram!

Primeiro passamos pela fabricação do Lego. Eles fazem na hora e dão uma amostra.

Fomos ao cinema 4D – molhei meu cabelo e saiu a escova. Ohhh céus! 😉

Tem workshop. Tem barco Pirata. Tem caça ao tesouro. Tem espaço para montar casas. Tem espaço para montar carrinhos com pistas para corrida – ficamos horas nesse espaço. Tem diversas cidades da Alemanha, todas em Lego. Tem de tudo e mais um pouco. Para fechar, uma lojinha no final, claro.

O único ponto negativo é que tudo é em alemão, ou seja, não entendemos nada.

Restaurante

Almoçamos em um restaurante gigantesco alemão, Franziskaner. Muito bom! Tinha comida típica, mas também asiática, sanduiches, pizza e etc.

Para comemorar o aniversário da Valentina, trouxeram um mini bolinho com velas e M&M. Tem comemoração melhor? Ela amou!

Sea Life

Poucos passos do restaurante, fomos ao Sea Life. Óbvio que já fui em diversos aquários melhores, como em Chicago, mas valeu super a pena! As meninas adoraram.

Tem tubarão, raia, morea e milhares de peixes. Tem até piranha – em homenagem azinimigas do Brasil 😉

Passamos a tarde por lá.

Preço

Meu marido comprou online, dois dias antes, e pagou bem mais barato. Tem a opção de um combo – 10 euros Legoland + 10 euros Sea Life por pessoa. Garanto que é mais barato do que aquelas atividades de shopping no Brasil, e muito mais divertido!

Migs, super-hiper-mega-ultra valeu a pena o bate e volta da Alemanha! ❤️

Viagem Cazamigas: Auschwitz e Birkenau, Polônia. Sim, pode separar um pacote de lenços para chorar muito!

Querida amiga-mãe-expatriada,

tenho um acordo com o marido. Viajo cazamigas duas a três vezes no ano, durante o final de semana. Poderia ter escolhido qualquer lugar do mundo (que coubesse no meu bolso, claro!), mas desde a época da escola, quando estudei sobre isso e li Anne Frank, que eu queria conhecer Auschwitz, na Polônia.

Você deve perguntar … mas por quê?

Simplesmente porque faz parte da minha, da sua e da nossa história. Não sou judia e a minha religião pouco importa diante disso. O que importa é que isso aconteceu há poucos anos (super pouco!) e até hoje vivemos em um mundo onde o ser humano mostra o seu pior lado.

Fui com mais duas amigas, a Dani minha amiga da escola que mora em Londres, e a Paty, minha amiga uruguaia que mora em Madrid.

Cracóvia

Como ir

Fomos em janeiro de 2018. Super frio, até nevou. Peguei um voo da KLM de Amsterdam direto para Cracóvia, na Polônia, na sexta-feira depois do trabalho.

Combinei com minhas amigas de pegarmos voos praticamente no mesmo horário e fomos de taxi para o hotel. Um amigo polonês disse que essa era a melhor opção, pois não era tão seguro pegar um ônibus tarde da noite.

Onde ficar

Hotel Alexander

Ficamos dentro da Old Town em Cracóvia. A localização era excelente.

Auschwitz/ Birkenau

Como ir

Os campos ficam localizados na cidade de Oświęcim, que fica a mais ou menos 1h de Cracóvia. Existem várias maneiras para chegar lá, como: trem, ônibus, carro particular ou excursão. Nós optamos por uma excursão.

Empresa: Auschwitz Tours

Fone: +48 505 055 880

A van nos buscou no hotel às 8h00 e voltamos às 17h. Eles dividem o tour por grupos de 10 pessoas. Não pode entrar com mochilas ou bolsas grandes. Não se paga para visitar os campos.

Campo de concentração  Auschwitz

Migs, eu nem sei por onde começar. Posso começar chorando?

Como explicar o inexplicável?

Chegamos em Oświęcim, um local no meio do nada, bem descampado.

Começou a nevar. Eu estava com uma calça térmica, calça jeans, camiseta térmica, malha, casaco de neve, bota com pelo dentro, cachecol, gorro e luvas. Passei frio! Imagina aquelas pessoas com aquele uniforme listrado super fino? Sim, vários morreram de frio.

Nossa guia era uma polonesa nascida em uma cidade próxima. Ela teve parentes que morreram nos campos. Ficou emocionada diversas vezes durante o tour. E isso me doía ainda mais!

Começamos por aquela grade que você deve ter visto em filmes, traduzindo: Somente o trabalho liberta. Passei embaixo do portão e desabei de chorar. Desabei! Mal sabia o que estava por vir.

São alojamentos e mais alojamentos. Uns mais conservados do que outros. Todos iguais. Um era a cozinha. Outro onde o médico Mengele fazia suas “experiências” com mulheres, crianças e gêmeos – tem um livro chamado I was the assistant of Doctor Mengele. Outros tinham quartos com beliches. Banheiros com buracos no chão. O que todos tinham em comum? Artigos chocantes que eu jamais vou esquecer.

Dentro de uma sala tinham milhares e mais milhares de malas de todos os tamanhos, diversos países e com nomes. Sim, eles achavam que era uma viagem para fugir da guerra, mais especificamente do gueto onde moravam.

Dentro de outra sala tinham milhares de objetos pessoais como escovas de dentes, pentes, penicos, bolsas, carteiras, aparelhos de barbear, pratos, canecas e etc.

Dentro de outra sala tinham membros de deficientes mortos.

Dentro de outra sala tinham milhares de sapatos de homens e mulheres mortos em apenas UMA SEMANA.

Dentro de outra sala tinham milhares de sapatinhos de criança. Eu morri de chorar. Desabei. E o pior? Eram apenas os sapatos de crianças que morreram em UM DIA. Eu sou mãe e essa foi a pior experiência.

Dentro de outra sala, na verdade esta foi a pior cena para mim, tinha 6mil toneladas de fios de cabelo. Uma sala gigantesca, do chão ao teto com cabelos trançados de mulheres, crianças e homens.  Sai super mal. Chorando sem parar. Não tirei fotos.

Nos corredores tinham fotos e mais fotos de homens, mulheres e crianças. Foram cinco anos dos três campos, na Polônia. No começo, eles tiravam fotos com o nome e uniforme listrado. Depois as fotos eram somente com um número (mesmo tatuado), e mais tarde não haviam fotos e uniformes pelo custo. As mulheres sobreviviam em média 1 mês. Os homens duravam quatro meses. As crianças já eram mortas imediatamente.

Passamos por outro alojamento que era a câmara de gas. Os prisioneiros achavam que estavam indo para um banho coletivo. Dentro das câmaras haviam buracos no teto, simulando chuveiros para reforçar a idéia. Após entrarem, era liberado um gás que os matava em apenas 20 minutos. Depois, os corpos eram cremados e as cinzas jogadas nos lagos dos campos ou arredores (sem provas dos crimes). Com cinco latinhas, como estas, matavam 700 pessoas.

Tem um filme muito marcante chamado: “O menino do pijama listrado”. Então, lembra de uma casa bem próxima do campo? Ela realmente existiu e era possível ver de dentro do campo.

Campo de Concentração Birkenau

Voltamos para a van e fomos até Birkenau. Um campo dez vezes maior do que Auschwitz, com duas câmaras de gás. O lugar onde houve o maior assassinato em massa da humanidade.

Visitamos o alojamento das crianças e mulheres. Algumas eram mantidas vivas para se caso a cruz vermelha passasse, eles mostravam que estava “tudo bem”. Chamava de alojamento propaganda.

Nesse vagão viajavam 60 pessoas. Eram diversos vagões como esse por dia. As pessoas já saiam do vagão e eram separadas entre homens, mulheres e crianças. Sendo que 80% saia direto para as duas câmaras de gás.

Tinham desenhos de crianças paredes.

Eram três andares de camas –  nem posso chamar aquilo de cama, nem colchão tinha.

Eram buracos no chão do banheiro.

Hitler NUNCA visitou os três campos de concentração na Polônia. O terceiro campo foi implodido no final da guerra, para não deixar rastros.

Auschwitz foi o maior campo de concentração e extermínio da história.  Durante os anos de 1940 a 1945 mais de 1.300.000 pessoas foram mandadas para lá, simplesmente por serem que são. Sendo que 1.100.000 eram judeus, 140.000 poloneses, 23.000 ciganos, 15.000 prisioneiros soviéticos da guerra e 25.000 pessoas eram homossexuais, religiosos e deficientes (homens, mulheres, crianças e bebes – tiveram 3 partos no campo). Destes 1.300.000 apenas 200.000 sobreviveram.

Eu jamais vou esquecer tudo o que vi por lá.